domingo

Fale um pouco comigo

Eu já morri tantas vezes que perdi a conta 
Em cada olhar indiferente que você me deu 
Meu coração me pergunta se você apronta 
Será, que seu amor já não é meu? 
Pensamentos tomam conta da minha cabeça 
Estou vivendo de um jeito que eu nem sou eu 
Na minha loucura te ouço dizendo me esqueça 
Será, que seu amor já não é meu? 
Abre esse jogo 
Diz que sou louco pensando nisso 
Abre essa porta e traz de volta o meu sorriso 
Abre esse jogo e apague o fogo desse castigo 
Quebre o silêncio e fale ao menos um pouco comigo...  

César Augusto e Elias Muniz 

sábado

...




Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(Exausto)

Adélia Prado

sexta-feira










"Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!


Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!"


Casimiro de Abreu

 




sábado



Definitivo

 

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê?
 Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido
ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros
e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos
estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos
e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...




Meu lindo, Carlos D.















quarta-feira

Entre aspas Aunque no estoy en tus brazos, Soy tuya A pesar de que no duermo pegado a su cuerpo Yo soy tuya Mis brazos se acostumbraram a estar siempre con los tuyos Mis labios pegados a los tuyos Te quiero a ti ... Inicialmente, esse texto foi criado em 07/12/11 Editado e publicado hoje (Uma longa história...)